segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Saudade



Ahh saudade...

Não me deixas mais?

Por que vens me perturbar?

Te sinto tão perto

Mas dói

Dói como se soubesses agora

que me deixavas pra sempre

Pra sempre, em algum lugar, algum dia, pra sempre quero te

Perto

Sei que vamos nos encontrar

Mas até lá, dói

E tu não me deixas

Já não basta te ver no clarão da nossa lua?

No dia de céu azul?

Na praia perfeita?

Deixemos isso pra mais tarde

Me deixe agora só



sábado, 11 de outubro de 2008

Chão de Giz

Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre
Um chão de giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...
Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...
Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentada
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy" That's over, baby!
Freud explica...
Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!...

domingo, 7 de setembro de 2008



Às vezes pego a caneta
E numa ânsia desesperada
Tento traduzir em palavras
As milhares de idéias
Que ficam na minha cabeça

É até engraçado o branco
Que toma conta
Mesmo quando o papel é colorido
As palavras ficam por aí
Como gás expandido

Escorrendo pela ponta dos meus dedos
Fugindo assim do papel
Tão liso, limpo e bonito

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tem dias que rezo pra que o tempo lá fora esteja de acordo com meus sentimentos. E na maioria das vezes em que quero que eles combinem, são os dias tristes, melancólicos, aqueles em que o coração está nublado, feio, cinzento, carregado. Fico na expectativa que venha a chuva, aquela que começa de mansinho, e vem, cada vez mais forte, e fica assim, caindo por muito tempo. Sinto-me um pouco melhor e sei o motivo dessa cumplicidade: tristeza e chuva. Preciso dela, pois ela é meu coração, mais ainda, minha alma que chora. São os sentimentos trancados, aqueles que nem compreendo bem, talvez desconheça, ou aqueles superficiais, que todo mundo tem no dia que acordou de mal com a vida, mas estão lá e de alguma forma eles incomodam e você não sabe o que tem, só que está triste e que você não consegue chorar. Quando a primeira gota cai, o ritmo do coração já acelera, algo acontece lá dentro, fico torcendo pra que continue, sim, essa tempestade só vem mostrar o que não consigo transparecer.
Então fico ali imóvel, vendo bem na minha frente, a tristeza, em forma de gotas transparentes, escorrer pelo coração que não chora. Não é egoísmo dizer que, de certa forma, isso me reconforta. Ouço o som da chuva e sinto que essa combinação me conforta, acalma e abraça minha solidão.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Encantar

Tenho um baú
Ele é mágico
Em todas minhas consultas
Ele me diz a verdade ou o que representa no momento
Me pego sempre no mundo da fantasia
Mas ele sempre diz:
É só acreditar, você tem o poder...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Meu Remédio

Turbilhão de idéias, palavras, imagens, sons
Todos em minha mente
Você
Saudade
Sorrisos, vozes, abraços, amigos
Coisas que não voltam mais
Você
Que nem sei o gosto
Que tento lembrar da voz
Que não sei o cheiro
Que fazia anos que não via
Que faz tempo que não vejo
Que não consigo esquecer
Você
Que é doce
Que me abraçou
Que me fez sorrir
Que me deixou encantar
Que fez o pior
Que senti a energia
A alma
Você.